Nós derrubamos a cerca
E invadimos o terreno baldio do tempo
Lá estava você com a foice na mão
Ceifando as flores secas que nunca brotaram
Foi pra isso que percorremos esse longo caminho?
Onde está a colina verde com rio de água limpa que tanto
sonhamos?
Até o brilho do sol queima nossa pele
Exatamente como fez com as pétalas das rosas
Nós derrubamos a cerca
E encontramos as ilusões que outro dia juramos ser verdade
Invadimos o terreno das flores que nunca murcham
O ar aqui cheira a plástico e nada parece real.
Foi pra isso que andamos tanto?
Caminhamos nos círculos infinitos de nossos próprios sonhos
Para chegar num paraíso de brinquedo?
Nós derrubamos a cerca
E não importa quão quente seja o dia
Seguiremos nesse grande deserto
Regando a areia até que dela brote as rosas de verdade
Vamos empilhar as pedras até que se tornem colinas
Não há porque ter medo.
A foice já nos cortou.
A cerca já não existe mais
Nós já fugimos do tempo
Não há porque ter pressa.
Estamos, enfim, livres.
Nós já fugimos do tempo
Não há porque ter pressa.
Estamos, enfim, livres.
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