domingo, outubro 03, 2004

Minha Querida...

Quando, anos mais tarde, for ler esta carta
Não esqueça de conferir a assinatura
Que te escrevi a baixo.

Transparente e em forma de gota,
Assino esse testemunho
Com lágrima que brotou de um rascunho
Escrito na alma e talhado em meu peito,
Que agora te entrego em carta.

E quando, naquele dia distante, for me ler,
Não esqueça de lembrar que já fui como você
E me amei, como te amas e também vivi
Achando não ia ter de perecer.

Quando fores me ler no alvorecer da vida,
Lembre-se do amor que me bateu no peito
Não só no meu como no de tantos homens
Que agora deitam neste mesmo leito,
O tempo.

Lembra de enxergar aquela fagulha de lágrima
Agora, amarelada. E lembra que ali ela está
Porque um homem pensava nos de antes
E amando o passado
Esse homem se curvou ao futuro
Que agora minha assinatura saúda.

Então quando me ler,
Não esquece que com esta carta me defendo
Pois nela me resta o eu.
E nela te dou o meu sou,
Pra você, agora, que eu fui.

Mas guarda no canto da tua cabeceira,
E lembra que a ti estarei sempre,
Não importa o peso e o fardo,
Estarei, mais que em letras, com a alma,
Com ela estarei do teu lado.
Sempre que o fardo se faça pesado.

Saberá, ao leres esse pequeno documento,
Que te escrevo agora com um pingo de lamento
Pois sei que nesse momento, não sou eu quem está o lendo,
Mas estou aqui, nessa carta.
Pra dizer que a força que me guiou pra este hoje,
Te serve neste presente, que chamo amanhã.

E quando chegares no fim,
E pensar que não há mais ontem,
Nem hoje, nem carta...
Lembra que também vivi, também sofri
E sempre sorri.
E sorria!:)
Pois somos assim: perenes, viventes e fortes.
E foi com força e com amor que me fiz
e me tornei tudo que sou:
Seu pai.
Mesmo se não o sendo agora, sou!
Você é! Você está aí!
E eu estou cá:
No final dessa carta
E pra sempre em ti!

Não esqueça,
Minha querida.



6 comentários:

Minusfour disse...

Putz, grila! Que imagem cara! Essa foto está demais. A menina lógico. Quem é o pateta ao lado?

A poesia, well, está um saco como sempre. Mas tenho visto uma evolução. Parece que tem tempo suficiente para se dedicar.

Toma vergonha na cara e faz o que o Tiezzi falou e o que eu disse há alguns dias. Instale uma ferramenta decente de posts, seu portuga!

Claudio L. disse...

Seus dois malucos!
Eu botei o tall mensageirio mas desisti, vou tentar por de novo!
Não esqueçam... 12 de outubro'é niver da pequena... apareçam!

Anônimo disse...

Olá Cláudio...
Gostei do que li...sentimento lindo e nobre...
E li um comentário que me chamou a atenção...a sua 'pequena' 'niver'no mesmo dia que eu rs...Só que não sou mais pequena... he he he...ela nasceu num dia lindo!!!!!
beijos pra ela!
Pupila

Anônimo disse...

cara, não sei se eu devia postar aqui comentários sobre sua saída do forum do vitor, é qui tu saistes e deixará um enorme vasio naquele lugar, digo isso cinceramente, pois assim o acho. só achei chato a forma com que tudo se desenrolou, não vi o comentário do vitor, sobre o seu poema pois só hoje encontrei tempo para acessar a net, li o seu poema do inho e acho que isso rola em toda forma de convivio social, infeslimente. mas acho que ali tem pessoas que ajam sem hipocrisia. sinto por não te conhecido vc antes pois acho que poderiamos(possamos) aprender muito juntos. de qualque forma boa sorte, e não se cale, continue abrino o verbo pois está é a nossa luta, amigo poeta.

espero nos encontrar novamente.

até logo kabullow

Claudio L. disse...

Pupila, obrigado por ter passado aqui. Você é muito gente boa. Mais ainda agora que sei que faz aniversário no dia da minha filha. amanhã te dou os parabéns! Beijo,
Claudio.





Fala, Kabulow, sai do fórum porque estava de saco cheio. Mas de repente, algum dia desse apareço. Desencana. Nos vemos por aqui. e cara... teu poema são ótimos, mas o teu português tá pior que o meu. E olha que meu já é bem caido. Mas isso também não importa.
Abraço!

Minusfour disse...

Cláudio,

Felicidades para a Clarisse. Toda a saúde do mundo é pouca!

Abraços,

De Paiva