domingo, fevereiro 13, 2005

SÓ AGORA VEJO...

Já não te amava desde o primeiro encontro.
E quando nos falamos aquela primeira vez - no bar -
Eu também não te amava...
Assim como não te amei no primeiro beijo,
E também não te amei na primeira transa
Naquele primeiro dia
E no dia seguinte acordei sem te amar.
Como sempre assim o foi.

Mas também não amei seu cheiro e nem seu corpo,
Não amei suas idéias
E quando te dizia aquelas palavras belas
Elas significavam tudo,
Menos amor.
Nunca te amei.
Mas um dia te quis.

Quis por pensar que o amor nascerias,
Mas também queria por saber que, sem amor,
Nada que viesse de você me prejudicaria.
Por isso que quando me pediu pra te amar,
Não amei.
Nunca te amei.
Mas um dia, e era um dia ruim,
Além de muito distante,
Te quis.

Não sei porque, mas assim o fiz:
Casei, te acolhi, e até, por uma fração,
Pensei que te amei...
Foi quando nossa semente brotou,
Mas logo vi que era por ela meu amor,
Não por você, meu bem.
Era ela o meu porque e a razão da minha teima
Em tentar te querer,
Mesmo sabendo que nunca ia te amar.

Talvez, uma gota de ternura eu tenha cultivado por ti,
Talvez eu tenha rasgado essa pele dura que me cobre,
Só pra costurá-la com o fio de naylon cortante
Que foi a nossa relação.
Sim,
Talvez, e apenas talvez, um dia te amei.
Mas e você o que fez?

Me fez ver o porque da minha falta de amor.
Mostrando todo o seu você.
O seu você que eu nunca amei
E que, agora, não quero mais!

Obrigado por tudo.

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