segunda-feira, fevereiro 06, 2006

EXORCISMO

Segura em ti este suspiro e,
Antes que termine de me ler,
Mergulha-te no fundo d´alma
E cospe aquele domônio que jaz,
Mas que ainda te faz retorcer...

Revira os olhos num suspiro afoito
E como que se estivesse no intervalo do coito
Urra um grito rouco, sem força, dissimula o sufoco
E mostra teu corpo sem couro.

Escancara teu pecado esdrúxulo
E escarra na tua mesquinharia infantil
E verá que ser sábio não é mais que ser burro
Que encontra o prazer numa mijada senil.

Abandona teu desejo fútil,
Lamenta sua utilidade inútil
Se reencontre com as forças
Que você nunca viu...
E será, enfim, quase você.

5 comentários:

Anônimo disse...

forte essa hein???? mas muito boa... bjs

nobody disse...

Fantástico!

Skatuaba disse...

obrigado, o seu eh bem interessante. apesar de nao ser do meu agrado, ler coisas escritas com um certo, "certo", e sem erros. acho q estou lendo algo nao humano. enfim,

prazer, Danilo.

Anônimo disse...

Claudio,
Gosto muito deste poema!
Um abraço!

Anônimo disse...

Skatuaba diz que é algo não humano, eu, porém, amigo Claudio, acho como diria Nietzshe é humano demasiado humano. Gostei muito. este poema carrega um pouco de tristeza minha, embora vc o tenha escrito... Por falar em Nietzshe acabo por me lembrar de uma citação dele:"É preciso ter caos e frenesi dentro de si para dar à luz uma estrela dançante". É bem certo isso, pois estou pobre poeticamente, a pesar da felicidade que, só agora me assola. Parece que eu fogi do assunto, mas, para mim o poema é isso. Tava com saudades... Té mais.