Segura em ti este suspiro e,
Antes que termine de me ler,
Mergulha-te no fundo d´alma
E cospe aquele domônio que jaz,
Mas que ainda te faz retorcer...
Revira os olhos num suspiro afoito
E como que se estivesse no intervalo do coito
Urra um grito rouco, sem força, dissimula o sufoco
E mostra teu corpo sem couro.
Escancara teu pecado esdrúxulo
E escarra na tua mesquinharia infantil
E verá que ser sábio não é mais que ser burro
Que encontra o prazer numa mijada senil.
Abandona teu desejo fútil,
Lamenta sua utilidade inútil
Se reencontre com as forças
Que você nunca viu...
E será, enfim, quase você.
5 comentários:
forte essa hein???? mas muito boa... bjs
Fantástico!
obrigado, o seu eh bem interessante. apesar de nao ser do meu agrado, ler coisas escritas com um certo, "certo", e sem erros. acho q estou lendo algo nao humano. enfim,
prazer, Danilo.
Claudio,
Gosto muito deste poema!
Um abraço!
Skatuaba diz que é algo não humano, eu, porém, amigo Claudio, acho como diria Nietzshe é humano demasiado humano. Gostei muito. este poema carrega um pouco de tristeza minha, embora vc o tenha escrito... Por falar em Nietzshe acabo por me lembrar de uma citação dele:"É preciso ter caos e frenesi dentro de si para dar à luz uma estrela dançante". É bem certo isso, pois estou pobre poeticamente, a pesar da felicidade que, só agora me assola. Parece que eu fogi do assunto, mas, para mim o poema é isso. Tava com saudades... Té mais.
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