Nas décadas que antecedem
A ausência do eu.
Passam-se vidas em devaneios tolos
E sob o Sol corpos carregam outros.
São o hoje de um novo,
Que sobrevivendo a Lua,
Virá depois.
Registros do tempo que se perderão
Entre os grãos de terra que um dia
Cegaram os olhos que se defenderam
Com lágrimas e agora, olhos vencidos,
São ilhas de ossos cercadas por nada.
Dentro, onde já latejaram as artérias das idéias,
A carne enrolada que desferiu amores e invejas,
Se tornou o alimento de parasitas microscópicos...
Não menos microscópicos que o parasita anterior.
E no silêncio abafado por terra
A vida, transformada em milênios,
Segue embalada pela mesma melodia:
A cíclica rotina.
Sol e Lua. Noite e Dia. Carne e Parasitas.

2 comentários:
Cláudio amei o seu blog, e os seus textos, não sabia que escrevias assim.
bjs
Teu blog está mágico como tua poesia!
Parabéns...Será endereço certo de minhas visitas!
beijinhos
Pupila
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