quarta-feira, agosto 04, 2004

A MÁSCARA


Por trás da máscara do medo
A boca fala
Abafada e sufocada
Pelo mármore da angustia
Que não te deixa respirar

O breu dos olhos aflitos
Cravejados na pedra fria
São como falsas safiras
Que se dizem raras
Mas existem em toda esquina

Esconde o frio na barriga,
O nó na garganta, a boca seca
É a máscara corroendo a carne
Se alimentando da alma.

A rua movimentada, o vizinho que espreita
A mulher que não chega, o olhar desconfiado do patrão
A solidão que não te abandona
A morte que há de te buscar
O que mais me dá medo?

Meus desejos. Meus anseios.

Longe um coração palpita.
É o medo visitando outro alguém.
Mais um que veste máscara
Cada vez mais comum.

2 comentários:

Claudio L. disse...
Este comentário foi removido por um administrador do blog.
Claudio L. disse...

Oi, Amigos Vitor e Jean, valeu vocês terem vindo aqui. Também gosto muito desse poema.
Ah, Jean, acho que começei a escrever coisas sem nexo aos 13 ou 14 anos, mas depois dei uma amadurecida (?). O fato é que mau ou bem, gosto muito da pena.
Estava tentando botar um link aqui para o blog de você mas não consigo. Conseguindo assim o farei.
E novamente obrigado comentarem e sempre bom saber que alguém passou pelo blog.
Abraço, amigos,
Claudio.

Essa mensagem estava acima mas fiz alguma coisa que sumiu. :)