Toma-se o leite, a média, o pingado.
"Desce um café!"... Na grécia um azeite.
Amanteiga o pão quente.
O dia vai começar!
Cueca nova, meia de ontem,
Dinheiro pra hoje que pra amanhã não vai dar.
Em baixo do braço desodorante e os classificados.
Terno, gravata e camisa, é a busca do proletariado,
Personagem do desemprego massificado
Mendigando o salário que, como o crime,
Não compensa. Então,
Segue o pobre com sua sentença:
Buscar o que não há.
Ele vende, atende, limpa,
Fiscaliza, ensina,
Faz de tudo um pouco,
Trabalha feito um porco,
Mas com a força de um cavalo.
Na pata a ferradura,
E na cabeça a servidão.
Mau pago, paga com sangue.
Sangue de puro sangue
Transformado em pagaré,
Viciado em chicote.
E lá vai o baio seguindo a galope!
Puxa sua carroça pela estrada,
Seu capim é o pão e o café
Que alivia o ardor da chicotada.
CONTINUA NO ALMOÇO
2 comentários:
fazia um tempo que não passava por aqui. bem legal essa. bjs p/ todos aí.
outro curta com certeza .....-Veri
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