quarta-feira, agosto 18, 2004

SOBRE A FELICIDADE

Então,
Queres que eu te fale da felicidade?
Queres ouvir sobre o bom da vida?
Num vocabulário que te traga conforto,
Quer esquecer do mundo toda maldade?
Não lembrar que a carne se desfaz em feridas,
Enxergar um planeta redondo,
Sem ver que, de fato, é torto?

Pois bem:
A felicidade é o sol da vida, que
No horizonte, refletido no asfalto,
Se transforma no lago que você tanto busca.
Mira nele e vai!

- Me refiro ao sol, pois, quem mergulha no lago
Morde o asfalto -

Entendeu? Não? Te explico. Na prática.

Vê lá o homem que chora ao lado daquele que ri.
Vê que o que chora não chora por si.
Nem o que ri está rindo de si.
Já o que chora, chora pelo que ri,
O que ri, ri do que chora.
Porque o que chora, chora por outro,
Pelo que ri. Porque o que ri, ri de outro,
Quando deveria estar rindo de si.

Ainda não entende ou não quer entender?
Não percebe quem está aonde, mas procura.
A resposta é que o “aonde” é que está em “quem”.
Então, quem está em você?
Não entende? Procura.
Não quer? Chora.

Não quer.
Queres que eu te fale da felicidade.
Queres ouvir de mim sobre o bom da vida.
Num vocabulário que te traga conforto,
Prefere ser cego à enxergar que o planeta é torto.

4 comentários:

Anônimo disse...

Claudio esse até agora é o meu PREFERIDO. beijos Veri

Claudio L. disse...

Vitor! E então, como foi de férias? Bom que voltou. É, quanto ao fórum te digo que me desanimei dele. Por diversos motivos que as suas reticências já descreveram com maestria. :).
Esse poema acho interessante. Não é dos melhores, mas sabe que acho tudo que escrevo meio ruim, as vezes faço uns meio bom, porém a outra metade é ruim. Enfim, são todos meio bons e meio ruim. Esse é o problema.
Teu comentário foi perfeito, tabém acho que aquela frase deveria estar em destaque, mas abaixo entro com uma interferência que também está em destaque, aíu fiquei meio sem saber o que fazer. Vou dar uma relida e acho que acabarei seguindo o teu conselho... Acha que vai pegar mau editar agora? Não. Enfim, valeu ter vindo ao blog... Te farei uma visita, passei lá outro dia e não vi novas poesia, fico na espera. Mas estou indo lá te deixar um comnents!

Abraço, Amigo!
Claudio.
(deve ter notado que continuo com mensagens repleta de erros. :)

Claudio L. disse...

Oi, Veri, oi Marcela, valeu passarem aí, se nunca aparecer ninguém isso tudo perde o sentido.
Álias a Veri dando a maior força sempre prezente. Isso é que é comadre!
Marcela, fui lá no teu blog e num comentário que fiz de uma poesia já te disse como fazer para por as fotos. Dá lá uma conferida. Teu blog tá bem legal, acho que a veri fez bem em te botar uma pilha de fazer. Vou colocar um link dele aqui no meu. Beijo, em breve vou lar te ler. Apareça também.... ih, a Clacla acordou.... fui.
claudio.

luadepedra disse...

Eu rendo-me Claudio, á tua escrita precisa e mirambulante.

É como se tentasse olhar para o relógio e me perdesse nas horas e nos minutos da tua imaginação derradeira e variante.

Tu cansas-me e renovas-me e assim agradeço.

1 Bj*
Luísa